24 setembro 2010

1/3 ESTREIA - O Último Exorcismo

Na linha de sucessos de público como Atividade Paranormal e Bruxa de Blair, a mais nova produção de terror americana aposta no tema exorcismo para assustar os amantes do gênero. Consagrado como um dos segmentos mais apavorantes entre o público, os esconjuros rendem boas noites de pesadelo e insônia aos mais vulneráveis espectadores. O lançamento de hoje lança mão da estética documental caseira e do baixo orçamento para provocar arrepios.

O roteiro acompanha a saga de uma garota que sofre constantemente crises possessivas (vivida por Ashley Bell) e as tentativas do reverendo Cottom Marcus (Patrick Fabian) de tirar as forças demoníacas que se apoderam do corpo da menina. Acreditando ser seu último trabalho direto com o capeta, Marcus autoriza a filmagem do processo de exorcismo, sem saber que este desafio será mais difícil do que imagina.

O ÚLTIMO EXORCISMO (THE LAST EXORCISM)
LANÇAMENTO: 2010 (EUA)
DIREÇÃO: DANIEL STAMM
GÊNERO: TERROR
VONTADE: 10,0

Além deste, estréiam outros quatro filmes nos cinemas brasileiros hoje. São eles:

WALL STRETT: O DINHEIRO NUNCA DORME (Wall Street: Money Never Sleeps) EUA, 2010. Direção: Oliver Stone. Gênero: Drama. Elenco: Michael Douglas, Shia LaBeouf, Josh Brolin.
VONTADE: 10,0

GENTE GRANDE (Grown Ups) EUA, 2010. Direção: Dennis Dugan. Gênero: Comédia. Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Salma Hayeck.
VONTADE: 8,0

A GUERRA DOS VIZINHOS. Brasil, 2009. Direção: Rubens Xavier. Gênero: Drama. Elenco: Eva Wilma, Karin Rodrigues, Vera Mancini.
VONTADE: 7,0

MOSCOU, BÉLGICA (Aanrijding In Moscou) Bélgica, 2008. Direção: Christophe Van Rompaey. Gênero: Drama. Elenco: Barbara Sarafian, Jurgen Delnaet, Johan Heldenbergh.
VONTADE: 4,0

Pessoal, desculpem a demora nas postagens e o sumiço nos blogs amigos. É que estou me desdobrando pra dar conta da faculdade, estágio e freela...semana que vem volto com mais 1/3 ESTREIA. Bom fim de semana a todos!

17 setembro 2010

1/3 ESTREIA - Resident Evil 4: Recomeço

A batalha de Alice (Milla Jovovich) contra a Umbrella e sua busca pela proteção de possíveis sobreviventes ao vírus zumbi continua na quarta seqüência desta adaptação cinematográfica do game de sucesso. Agora em Los Angeles, local que diziam estar livre de ameaças, a protagonista e seus novos protegidos têm de enfrentar uma armadilha mais forte e preparada.

A única inovação do longa é a tecnologia 3-D (a mesma usada em Avatar), uma vez que a história é a mesma, o roteiro parece ser previsível assim como nos três primeiros filmes e a ação parece se sobrepor ao terror (gênero original da série de games). Minha decepção foi tamanha com a terceira produção que não estou muito animado com a estreia de hoje (apesar de ser o lançamento da semana mais esperado por mim).

RESIDENT EVIL 4: RECOMEÇO (RESIDENT EVIL: AFTERLIFE)
LANÇAMENTO: 2010 (EUA)
DIREÇÃO: PAUL W. S. ANDERSON
GÊNERO: AÇÃO/ TERROR
VONTADE: 9,0

Além desse, mais sete filmes estréiam hoje no Brasil. São eles:

COINCIDÊNCIAS DO AMOR (The Switch) EUA, 2010. Direção: Josh Gordon Will Speck. Gênero: Comédia/ Drama. Elenco: Jennifer Aniston, Jason Bateman, Jeff Goldblum.
VONTADE: 7,0

NANNY MCPHEE E AS LIÇÕES MÁGICAS (Nanny McPhee and the Big Bang) Inglaterra, 2010. Direção: Susanna White. Gênero: Infantil. Elenco: Ralph Fiennes, Emma Thompson, Maggie Gyllenhaal.
VONTADE: 6,0

BAARIA, A PORTA DO VENTO (Baaria) Itália/França, 2009. Direção: Giuseppe Tornatore. Gênero: Drama. Elenco: Monica Bellucci, Raoul Bova, Ângela Molina.
VONTADE: 8,0

O PECADO DE HADEWIJCH (Hadewijch) França, 2009. Direção: Bruno Dumont. Gênero: Drama. Elenco: Julie Sokolowski, Yassine Salime e David Dewaele.
VONTADE: 5,0

ANTES QUE O MUNDO ACABE. Brasil, 2009. Direção: Ana Luiza Azevedo. Gênero: Drama. Elenco: Caroline Guedes, Murilo Grossi, Janaína Kremer.
VONTADE: 7,5

LÉO E BIA. Brasil, 2010. Direção: Oswaldo Montenegro. Gênero: Musical. Elenco: Paloma Duarte, Françoise Forton, Fernanda Nobre.
VONTADE: 8,0

NETTO E O DOMADOR DE CAVALOS. Brasil, 2010. Direção: Tabajara Ruas. Gênero: Drama. Elenco: Werner Schünemann, Tarcísio Filho, Fernanda Carvalho Leite.
VONTADE: 5,0

Semana recheada de boas novidades no cinema. Boa sessão a todos vocês e até semana que vem com mais um 1/3 ESTREIA. Ótimo final de semana!!

16 setembro 2010

TOP 1965 - Minha Bela Dama

Um dos musicais mais ternos do cinema americano, que transborda meiguice e alegria em meio ao soturno universo londrino, Minha Bela Dama é um culto à beleza, à elegância, à perfeição estética e as cores vibrantes. O roteiro simples é magnificamente preenchido por números musicais cativantes, letras originais e excelentes interpretações. A história, passada no século XIX, retrata a metamorfose da vendedora de flores Elisa Doolittle (Audrey Hepburn), que tem seis meses para virar uma dama da corte inglesa e não ser descoberta pela rainha como plebéia.

Para ensiná-la, entra em cena o professor Henry Higgins (Rex Harrison), um lingüista especializado em fonética, conhecido pela sua capacidade em determinar a região exata da Inglaterra em que uma pessoa nasceu apenas pelo seu sotaque. Assim que vê Elisa, com seus trejeitos e grunhidos primitivos, vê a possibilidade de provar à sociedade londrina sua especialidade, além de alimentar o ego por ter conseguido transformar uma pseudomendiga numa princesa.

Mas a tarefa se mostrou mais árdua do que ele pensou. Grande parte do longa se destina a contar como a arredia garota se comporta em meio a uma realidade completamente diferente da sua, tendo que experimentar situações absurdas, como tomar banho todos os dias e usar espartilhos. As seqüências mais engraçadas são as que mostram a protagonista tendo que repetir incessantemente vogais, consoantes, sílabas e trava línguas para que sua dicção, entonação e sotaque se tornem mais sofisticados.

Dedico um parágrafo único para falar sobre a atuação de Hepburn. Sua displicência moral e seu forte apelo popular (no início da história) não são nada compatíveis com o garbo e a elegância da Srta. Doolittle que desponta após as aulas de Higgins. Ela é, até aquele momento na história dos vencedores do Oscar, a atriz que mais mereceu levar a estatueta de melhor interpretação para casa. Sua criação é verossímil (mesmo num roteiro fantasioso como esse), convincente e altamente flexível, além de Audrey possuir uma voz deslumbrante.

A produção se divide em dois atos: antes e depois da transformação social de Elisa. O ritmo imposto pelo diretor George Cukor é mais pulsante na primeira parte, deixando a desejar e até cansando na segunda, o que não diminui a magistral existência da obra, que envelheceu muito bem e até será refilmada, tendo como protagonistas Hugh Grant (como professor Higgins) e Carey Mulligan (Em Busca de Uma Nova Chance), substituindo Audrey Hepburn.

Minha Bela Dama levou oito estatuetas no Oscar 1965, entre elas a de Melhor Filme. Entretanto, teve que vencer a disputa, que contou com os seguintes competidores: Mary Poppins, Becket, o Favorito do Rei (Becket), Dr. Fantástico (Dr. Strangelove) e Zorba, o Grego (Alexis Zorbas).

OBS: ATENÇÃO! AINDA NÃO CONSEGUI ASSISTIR O FILME VENCEDOR DO OSCAR 1964 (AS AVENTURAS DE TOM JONES). POR ESSE MOTIVO, PULEI PARA O ANO DE 1965, MAS ASSIM QUE CONSEGUIR ADQUIRI-LO VOLTO PARA QUE SUA CRÍTICA NÃO DEIXE DE SER PUBLICADA.

MINHA BELA DAMA (MY FAIR LADY)
LANÇAMENTO: 1964 (EUA)
DIREÇÃO: GEORGE CUKOR
GÊNERO: MUSICAL/ COMÉDIA
NOTA: 9,0

13 setembro 2010

RANKING - Melhores Filmes de Terror

10º Lugar: A CASA DE CERA (House of Wax, 2005)
Direção: Jaume Collet-Serra

Perdidos na estrada, seis amigos descobrem numa cidade deserta do interior americano um museu de cera abandonado. Mas o pacato vilarejo guarda mais do que traças e réplicas imóveis de moradores antigos. O grupo de jovens tem que correr contra o tempo para fugir dos excêntricos, criativos e perigosos moradores.

Por que assistir? A cena de fuga dos sobreviventes durante o derretimento do museu é uma das mais estranhas (lê-se interessantes) do cinema. Ah, e para rir da interpretação da Paris Hilton srsrrs

9º Lugar: JOGOS MORTAIS (Saw, 2005)
Direção: James Wan

A série de sete filmes (que ainda está em andamento) conta como o maníaco suicida Jigsaw realiza o prazer mórbido de fazer com que suas vítimas reavaliem suas vidas e tentem escapar da morte fugindo de armadilhas mortais.

Por que assistir? Um roteiro inovador, que perde fôlego com as sequências, mas que, essencialmente, é criativo, pulsante e atrativo.

8º Lugar: PREMONIÇÃO (Final Destination, 1999)
Direção: James Wong

Os sobreviventes de um voo começam a morrer misteriosamente após a premonição de um deles, que passa a prever a ordem com que a morte busca quem saiu do avião. Ideia de sucesso, o filme ja rendeu mais 4 sequências (a última será lançada ainda em 2010).

Por que assistir? Pela criatividade das mortes e pelo impacto psicológico que o filme provoca no espectador, que também questiona quando será o fim de sua vida.

7º Lugar: EXTERMÍNIO (28 Days Later, 2002)
Direção: Danny Boyle

Após 28 dias da contaminação dos EUA por um vírus oriundo de experiências com macacos, acompanhamos a jornada pela sobrevivência de Jim, o protagonista, e um grupo de sobreviventes, que fogem dos zumbis criados pela epidemia.

Por que assistir? Um dos filmes de zumbi mais bem feitos depois de A Noite dos Mortos Vivos, de 1978. Com um olhar moderno, o diretor capacita as criaturas, modernizando seus recursos de caça.

6º Lugar: O CHAMADO (The Ring, 2002)
Direção: Gore Verbinski

"Antes de você morrer, você vai receber". Com este slogan, é contada a história de uma fita VHS que, após ser assistida, sentencia a morte do espectador dentro de 7 dias. A protagonista Rachel tem que lutar contra o tempo para salvar da morte seu filho, que assistiu o vídeo sem querer.

Por que assistir? Com trilha baixa e sustos inesperados, o terror do oriente (o roteiro é baseado numa obra japonesa) vem para abalar o psicológico de quem assiste.

5º Lugar: A NOITE DOS MORTOS-VIVOS (Night of The Living Dead, 1968)
Direção: George A. Romero

Um satélite radioativo provoca o retorno à vida de recém-mortos. Um grupo de sobreviventes se refugia numa casa e tem que lutar contra o ataque dos zumbis enquanto o resgate não chega.

Por que assistir? Clássico cult de baixo orçamento, com um dos finais mais surpreendentes do cinema, foi o longa pioneiro na retratação fatalista dos comedores de carne, e na inversão da sobrevivência do protagonista clássico, herói.

4º Lugar: SEXTA-FEIRA 13 (Friday The 13th, 1980)
Direção: Sean S. Cunningham

O acampamento Cristal Lake nunca mais foi o mesmo após o afogamento do garoto Jason Voorhees, negligenciado por dois monitores. 20 anos mais tarde, ele volta do além para se vingar de todos que ousarem acampar nas margens do seu lago.

Por que assistir? Uma das maiores séries cinematográficas existentes (já são 12 sequências) Jason virou ícone pop e continua assustando as gerações desde a década de 80.

3º Lugar: O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA (The Texas Chain Saw Massacre, 1974/2003)
Direção: Tobe Hooper

A violência cruel e explícita do serial killer Leatherface chocou o público na década de 70 e mantém a tensão do horror baseado em fatos reais no seu remake em 2003. O longa narra a perseguição de um grupo de jovens pelo assassino que usa pele humana para amenizar os estragos que tem no rosto (marcas de violências familiares na infância) produzindo máscaras.

Por que assistir? A perplexidade da crueldade do matador produz uma das sequências mais assustadoras e tensas que eu já vi. Atenção para a cena do açougue desativado.

2º Lugar: ALIEN, O OITAVO PASSAGEIRO (Alien, 1979)
Direção: Ridley Scott

A ficção científica que aterrorizou o mundo no final dos anos 70 conta a história futurista de um grupo de cientistas que recebem um sinal que vem de um planeta próximo. Ao aterrisarem, descobrem que se trata de um monstro hospedeiro do corpo humano que se desenvolve e mata tudo que encontra pela frente.

Por que assistir? A trama é claustrofóbica (se passa numa nave espacial), muito bem dirigida e tem um ritmo de tensão na medida certa.

1º Lugar: O EXORCISTA (The Exorcist, 1973)
Diretor: William Friedkin

O filme acompanha as tentativas de exorcismo de Regan, uma menina de 12 anos possuída pelo demônio Pazuzu. O padre Damien Karras tem a missão de expulsar o belzebu do corpo da garota, que sofre com sérias alterações estéticas e comportamentais.

Por que assistir? O auge do terror se encontra nesse clássico que chegou a concorrer ao Oscar de Melhor Filme (triunfo do gênero terror).

BÔNUS

OLHOS FAMINTOS (Jeppers Creepers, 2001)
Direção: Victor Salva

Primeiro capítulo da trilogia que se encerra em 2011 e conta a história do serial killer Rastejante, uma criatura que acorda de 21 em 21 anos a fim de achar em cada vítima - pelo cheiro - a parte do corpo que ele necessita, costurando o orgão ideal em seu corpo podre.

Por que assistir? Produzido por Coppola, é original ao criar uma das criaturas mais grotescas e nojentas do universo do terror.

SWEENEY TODD, O BARBEIRO DEMONÍACO DA RUA FLEET (Sweeney Todd, The Demon Barber of Fleet Street, 2007)
Direção: Tim Burton

Baseado numa produção da Broadway, o sanguinolento musical conta a história de um barbeiro vingativo que encontra nos assassinatos em série uma forma de encontrar a plenitude do ego. Ele conta com a ajuda de uma cozinheira maluca que vê nos corpos dos clientes uma saida para a falta de carne para suas tortas.

Por que assistir? Só a premissa de um musical de terror já desperta curiosidade. Essa característica aliada à direção de Burton e a interpretação de Johnny Depp garantem um filme espetacular.

PÂNICO (Scream, 1996)
Direção: Wes Craven

Um assassino fã de filmes de terror que usa uma máscara de fantasma e mata suas vítimas a facada caso ela não acerte qual o filme que ele está dando dicas é a ideia principal da série Pânico, febre no cinema dos anos 90. Ícones adolescentes da época foram escalados para dar vida aos jovens personagens de uma cidade pacata do interior dos EUA atacada pelo misterioso serial killer, que só é revelado no terceiro filme, lançado em 2000.

Por que assistir? Inspirador de toda uma nova geração de filmes de terror, Pânico é um marco no cinema.

Pessoal, espero que tenham gostado da minha lista (que é bem pessoal e injusta com diversos longas) e deem suas opiniões...como ficaria a sua lista?

10 setembro 2010

1/3 ESTREIA - Amor à Distancia

Semana passada, enquanto esperava o começo de Par Perfeito no cinema, assisti o trailer de Amor à Distância, uma das milhares de novas comédias românticas produzidas por Hollywood. Confesso que ri mais no trailer do que nos 100 minutos de Par Perfeito (mesmo adorando a Katherine Heigl, ela - e o Ashton Kutcher, deixaram a desejar). Na história, Drew Barrymore e Justin Long (namorados na vida real) brigam contra a distância (entre Nova Iorque e São Francisco) para ficarem juntos. Acontece que o que era para ser uma relação casual se transforma em amor.

Acostumado com Justin em filmes de terror (como Olhos Famintos e Arraste-me Para o Inferno), e tendo em Drew a lembrança indissociável de As Panteras, é difícil transportá-los para um gênero como esse (mesmo que, assim como no terror e na ação, a comédia romântica não exija grandes interpretações). Mas acho que vale a pena conferir, pelo menos para dar boas risadas ou ter ainda mais motivos para criticar filmes como esse.

AMOR À DISTÂNCIA (GOING THE DISTANCE)
LANÇAMENTO: 2010 (EUA)
DIREÇÃO: NANETTE BURSTEIN
GÊNERO: COMÉDIA/ ROMANCE
VONTADE: 8,0


Outras produções estreiam hoje no Brasil. São elas:

BATALHA POR T.E.R.R.A. (Battle for Terra) EUA, 2009. Direção: Aristomenes Tsirbas. Gênero: Animação. Elenco: Justin Long (Senn - voz), Amanda Peet (Maria - voz), David Cross (Giddy - voz), Danny Trejo, Evan Rachel Wood (Mala - voz), Luke Wilson (James Stanton - voz), James Garner (Doron - voz), Ron Perlman, Dennis Quaid (Roven - voz), Brian Cox (General Hemmer - voz), Chris Evans (Stewart Stanton - voz).
VONTADE: 6,0

A RESSACA (Hot Tub Time Machine) EUA, 2010. Direção: Sean Anders, John Morris. Gênero: Comédia. Elenco: Lizzy Caplan, Chevy Chase, Crispin Glover, Sebastian Stan, Clark Duke, Lyndsy Fonseca, Craig Robinson, John Cusack, Rob Corddry.
VONTADE: 7,0

SOLOMON KANE - O CAÇADOR DE DEMÔNIOS (Solomon Kane) EUA, 2010. Direção: Michael J. Bassett. Gênero: Ação. Elenco: Pete Postlethwaite, Alice Krige, Max von Sydow, Rachel Hurd-Wood, James Purefoy.
VONTADE: 7,5

LUZES NA ESCURIDÂO (Laitakaupungin Valot) Finlândia/ Alemanha/ França, 2006. Direção: Aki Kaurismäki. Gênero: Drama. Elenco: Ilkka Koivula (Lindström), Janne Hyytiäinen (Koistinen), Maria Heiskanen (Aila), Maria Järvenhelmi (Mirja).
VONTADE:
0

O REFÚGIO (Le Refuge) França, 2010. Direção: François Ozon. Gênero: Drama. Elenco: Isabelle Carré, Louis-Ronan Choisy, Pierre Louis-Calixte.
VONTADE: 3,0

Pessoal, o projeto RANKING,q ue deveria ser postado hoje (dia 10) será atualizado no domingo dia 10, por ter coincidido com o 1/3 ESTREIA. Até lá!! Bom fim de semana a todos.

09 setembro 2010

TOP 1963 - Lawrence da Arábia

Desde seu nascimento, em meados da década de 90 do século XIX, o cinema cumpre bem seu papel de propagador de imagens exuberantes, de motivador do deslumbramento dos espectadores diante das maravilhas do mundo registradas pelas lentes experientes de diretores que descobriram na sétima arte uma forma de ganhar notoriedade e desenvolver técnicas cada vez mais elaboradas de captação da realidade. Acontece que a possibilidade de registrar situações inusitadas fez com que alguns profissionais libertassem seu espírito megalomaníaco e projetassem verdadeiras odisséias em seus longas, como é o caso de Griffith, William Wyler, Cecil B. de Mille e David Lean, que ganhou o Oscar com duas de suas mega-produções: A Ponte do Rio Kwai, em 1958, e Lawrence da Arábia, que arrebanhou sete estatuetas na premiação da Academia em 1963.

O exagerado diretor era expert em realizar filmes com quase quatro horas de duração (assim como aconteceu com Doutor Jivago, em 1965). Como característica principal de suas obras, as locações inóspitas e o grande número de figurantes garantiam uma produção sofrida, demorada, mas carregada de lindas imagens, que permeavam quase sempre um roteiro bem elaborado. Em Lawrence da Arábia, uma pseudo-cinebiografia (já que a história é livremente baseada na vida do tenente inglês T.E.Lawrence (Peter O’Toole)), o deserto serve de personagem principal para que a história se desenrole. Cansado de atuar como cartógrafo no quartel general em Londres, Lawrence aceita a proposta de funcionar como pacificador entre as tribos árabes e turcas durante a Primeira Guerra na região da antiga Jordânia, no norte da África.

Por meio de um flashback, o protagonista vai se transformando num herói para seu povo e para o espectador. A forma com que congrega diferentes opiniões e visões de mundo numa região extremamente litigiosa é exemplar, fazendo com que torçamos para que aquele branquelo de olhos azuis seja a solução para os conflitos civis dos povos árabes. O filme não tem atrizes no elenco principal. São nove atores que acompanham as diversas fases da vida de Lawrence, que se configura cinematograficamente tão atraente a ponto de não ser necessário uma história de amor ou um contraponto feminino para equilibrar a história.

Apesar de ser fotograficamente impecável, ser considerado um dos maiores épicos do cinema e sempre constar na lista dos melhores filmes já produzidos, Lawrence da Arábia é exageradamente grande (tudo caberia em no máximo duas horas), cansativo, massante e chato de doer. Perdoem-me os que não compartilham da mesma opinião, mas prefiro os outros filmes de Lean e não considero o épico desértico como sendo um dos melhores. As interpretações são fortes, convincentes, mas o destaque fica para a fotografia, brilhantemente elaborada durante os dez meses em que o filme foi rodado. Recomendo como repertório para os cinéfilos, mas dificilmente voltarei a vê-lo (já que dormi várias vezes durante a sessão).

Em 1963, concorreram a Melhor Filme juntamente com o vencedor: O Sol é Para Todos (To Kill a Mockingbird), O Mais Longo dos Dias (The Longest Day), O Grande Motim (Mutiny on the Bounty) e Vendedor de Ilusões (The Music Man).

OBS: Pessoal, estou com problemas para encontrar o vencedor do Oscar de 1964 As Aventuras de Tom Jones. Caso alguém tenha, saiba quem tem ou conheça uma forma de download ou compra (barata), favor me avise. Obrigado desde já.

OBS²: Excepcionalmente esse mês, o projeto Ranking será postado no domingo, dia 12, já que o dia 10 (amanhã) coincidentemente cairá numa sexta (dia de 1/3 ESTREIA).

LAWRENCE DA ARÁBIA (LAWRENCE OF ARABIA)
LANÇAMENTO: 1962 (INGLATERRA)
DIRETOR: DAVID LEAN
GÊNERO: AVENTURA/ DRAMA/ GUERRA
NOTA: 8,0

03 setembro 2010

1/3 ESTREIA - [REC] Possuídos

A saga da equipe de televisão que acompanha a SWAT espanhola numa ronda por um prédio abandonado munida de câmeras que registram o horror provocado por criaturas violentas persiste na continuação de [REC] (2007), considerado o melhor filme de terror da década. A história se inicia assim como termina a do primeiro filme, sem, entretanto, prejudicar o entendimento de quem ainda não conferiu a primeira parte da carnificina. Dessa vez, uma equipe do governo espanhol entra em ação após as primeiras mortes registradas (e tudo é documentado novamente!).

Longas que exploram uma vertente falsamente fatídica de eventos inexplicáveis ganharam visibilidade no cinema de terror mundial após a trilogia de sucesso A Bruxa de Blair (1999, 2000 e 2004) e outros exemplos, como Cloverfield – Monstro (2008), Atividade Paranormal (2009) e O Último Exorcismo, que estréia no próximo dia 24 de setembro no Brasil.

[REC] POSSUÍDOS ([REC]²)
LANÇAMENTO: 2009 (ESPANHA)
DIREÇÃO: PACO PLAZA/ JAUME BALAGUERÓ
GÊNERO: TERROR
VONTADE: 10,0

Mas para quem não gosta de filmes de terror, também estréiam hoje nos cinemas:

NOSSO LAR. Brasil, 2010. Direção: Wagner de Assis. Gênero: Drama. Elenco: Othon Bastos, Renato Prieto, Ana Rosa, Fernando Alves Pinto.
VONTADE: 0

COMO CÃES E GATOS II – A VINGANÇA DE KITTY GALORE (Cats & Dogs: The Revenge of Kitty Galore) EUA, 2009. Direção: Brad Peyton. Gênero: Aventura/ Infantil. Elenco: Chris O’Donnell, Jack McBrayer, Kiernan Shipka.
VONTADE: 0

NÃO, MINHA FILHA, VOCÊ NÃO IRÁ DANÇAR (Non, Ma Fille, Tu N’irais Pas Danser) Irã, 2009. Direção: Christophe Honoré. Gênero: Drama. Elenco: Chiara Mastroianni, Marina Foïs, Marie-Christine Barrault.
VONTADE: 0

ENFIM VIÚVA (Enfin Veuve) França, 2007. Direção: Isabelle Mergault. Gênero: Comédia. Elenco: Michèle Laroque, Jacques Gamblin, Wladimir Yordanoff.
VONTADE: 5,0

NAPOLI, NAPOLI, NAPOLI. Itália, 2009. Direção: Abel Ferrara. Gênero: Drama. Elenco: Luigi Maria Burruano, Peppe Lanzetta, Shanyn Leigh.
VONTADE: 3,0

UM NOVO CAMINHO (Le Dernier Pour la Route) França, 2010. Direção: Philippe Godeau. Gênero: Drama. Elenco: François Cluzet, Mélanie Thierry, Michel Vuillermoz.
VONTADE: 0

Semana fraquinha hein? O que me conforta é que sempre sexta que vem tem mais...até lá! Bom fim de semana a todos.

TOP 1962 - Amor, Sublime Amor

Mesmo que a função primordial dos musicais não seja tecer críticas sociais, alguns exemplos mostram que é possível complementar o universo mágico do gênero à preocupação com a ordenação de algum segmento da sociedade. Uma das mais consistentes obras que trabalha nesse sentido é Amor, Sublime Amor, musical que divide opiniões desde seu lançamento, em 1961, até os dias atuais.

Mesmo tendo ganhado como Melhor Filme naquele ano, a dicotomia presente no longa é o ponto de atração e desdenho que segrega opiniões. Livre inspiração no romance shakespeariano Romeu e Julieta, o roteiro é simples, mas polêmico: duas gangues da periferia novaiorquina disputam a liderança das ruas: os Jets (americanos brancos) e os Sparks (imigrantes porto-riquenhos). Este era um conflito realmente existente nos EUA naquela época, o que fez com que se acirrassem os ânimos entre os dois grupos sociais.

Imaginem, portanto, uma disputa violenta de poder numa favela banhada a muita música e dança. Além desta que é a grande inovação, os efeitos técnicos e as coreografias contribuem para essa deliciosa salada cinematográfica. Novas movimentações de câmera, sobreposição de recursos de montagem para que cortes inusitados fossem possíveis, angulações inovadoras que simbolizassem a tensão entre as duas gangues, uso intenso de cores (principalmente o vermelho), afim de que se tornasse perceptível o paradoxo violência x música/dança, entre outros efeitos.

De repente, no meio de um momento de tensão, eis que surge uma coreografia elaborada para que os ânimos se acalmem. Ou, após a descoberta da morte de um dos Jets ou Sharks, a lamentação se transforma numa canção cadenciada, melancólica, que se mistura com as lágrimas dos personagens. A noção de que números musicais servem apenas para representar momentos de descontração e alegria perde a validade nesta obra (décadas mais tarde, Burton vem corroborar essa idéia com Sweeney Todd). Além disso, para se distanciar ainda mais dos antigos musicais, Amor, Sublime Amor traz coreografias modernas, sem sapateado, sem ou com pouco jazz, com muitas pernas e braços pro ar e passos de balé.

Como disse um pouco mais pra cima, o filme é livremente inspirado em Romeu e Julieta. É que Maria (Natalie Wood), a irmã de Bernardo (George Chakiris), líder dos Sparks, se apaixona por Tony (Richard Beymer), ex-Jets e ainda um pouco ativista nos objetivos da gangue (como por exemplo, liderar as ruas do bairro). Os dois grupos fazem alusão aos Capuletos e Montéquios, tentando impedir o amor entre os protagonistas (uma referência à união entre os membros das gangues, muitas vezes mais forte do que a de uma família de verdade).

Uma tragédia musicada já é por si só espetacular. Os problemas começam, entretanto, a partir da excessiva teatralização da interpretação dos atores e uma certa falta de continuidade no roteiro, principalmente nos trechos que retratam o romance proibido entre a porto-riquenha e o americano (diálogos inacabados, sequências narrativas inexplicadas e situações inverossímeis). Apesar desses pequenos deslizes, 10 estatuetas em onze indicações são conquistadas. O vencedor concorreu naquele ano com: Desafio à Corrupção (The Hustler), Julgamento em Nuremberg (Judgment at Nuremberg) e Os Canhões de Navarone (The Guns of Navarone).

AMOR, SUBLIME AMOR (WEST SIDE STORY)
LANÇAMENTO: 1962 (EUA)
DIREÇÃO: JEROME ROBBINS/ ROBERT WISE
GÊNERO: DRAMA/ MUSICAL/ ROMANCE
NOTA: 8,5