29 abril 2010

TOP 1929 - Asas

Primeiro vencedor do prêmio máximo do Oscar, Asas é um filme produzido em 1927, que retrata a saga de dois pilotos de classes sociais distintas, lutando juntos na Primeira Guerra Mundial e tentando conquistar o amor da mesma mulher. Jack Powell (Charles "Buddy" Rogers) é pobre e acaba de comprar seu primeiro carro esporte. Ele é apaixonado por Sylvia Lewis (Jobyna Ralston), que não corresponde a seus sentimentos, sem, entretanto, ser indelicada a ponto de declarar que seu coração é de David Armstrong (Richard Arlen). O rival de Jack é rico, e também sonha em ir para a guerra e servir os Estados Unidos na Europa. Para completar, há Mary Preston (Clara Bow), vizinha de Jack, caída de amores pelo rapaz, que a vê apenas como uma amiga.

Quando a guerra eclode além mar, os dois rapazes são recrutados e, felizes da vida, embarcam rumo à França ocupada pelos alemães. Sylvia e Mary ficam nos EUA tristes pela ida de seus amores, enquanto, na Europa, David e Jack são treinados para realizarem o grande sonho de suas vidas: tornarem-se pilotos dos caças de guerra. A rivalidade entre os dois logo é transformada na mais pura amizade, sentimento que os ajuda a enfrentar os perigos e as dificuldades da guerra.

Uma história de amor e amizade, que usa a frieza da guerra para dar contraste ao enredo, amenizando a perversidade do conflito bélico. Talvez seja esse o motivo que rendeu ao longa o título de melhor do ano, uma vez que ele concorreu com Sétimo Céu e The Racket, duas produções que tratam exclusivamente da guerra e da violência. Asas é o primeiro e único filme mudo ganhador do Oscar (todos os concorrentes daquele ano são mudos), e também o primeiro que traz para as telonas um beijo entre dois homens (calma, é um beijo no rosto, sem nenhuma conotação sexual ou erótica. O beijo homossexual surgiu no cinema muito tempo depois).

O Cantador de Jazz, filme preferido pelo público naquele ano, e Charles Chaplin, que poderia concorrer por The Circus, não puderam participar da premiação, pois se tratavam de produções faladas, uma vez que todos os concorrentes da disputa eram mudos. A cerimônia ocorreu no dia 16 de maio de 1929, e durou apenas 15 minutos (foi a cerimônia mais curta da história). Nela compareceram 250 pessoas, que pagaram 5 doláres cada uma para entrar.

Sonorizado por uma orquestra, o filme beira o intragável em alguns trechos. As variações de tons e instrumentos retratam o sentimento de cada atuação, de cada cena, porém 138 minutos de música instrumental cansa muito, principalmente porque o tempo dramático impresso pelo diretor William A. Wellman é lento, as cenas de guerra, por exemplo, ocupam espaços gigantescos na trama, num ritmo monótono. A insistência da trilha me lembrou um pouco o desenho do Pica-Pau (sei que é uma comparação tosca, mas é o que me veio a cabeça na hora).

Asas foi o filme mais antigo que já vi até hoje, mas parece que os efeitos especiais elaborados para a obra não condizem com a precariedade tecnológica da época, uma vez que as cenas de explosões, ou as aéreas, superam, visualmente, as expectativas de quem tem consciência de que o filme foi feito nos primórdios do cinema, época em que qualquer recurso desejado era muito difícil de ser conquistado. Imagine filmar uma cena com vários aviões se chocando, ou um piloto sendo ferido em plena queda. É inacreditável como a equipe de produção conseguiu tamanha façanha.

O fato de Asas ser mudo ajuda e atrapalha o trabalho. Ajuda no que condiz ao talento interpretativo que os atores devem ter para expressarem suas emoções apenas através das expressões faciais, e atrapalha na obrigatoriedade de paralisação da cena para que a tela de legendas (que é separada da cena) apareça. Por este motivo é impossível, por exemplo, dois personagens se falarem enquanto correm, uma vez que não há como congelar a ação e retomá-la depois, sem alterar o sentido da cena.

Outra característica interessante do filme é a produção de arte, que merece aplausos, por apresentar trabalhos super eficientes, como o fundo das telas de legenda (personalizado de acordo com a cena e com o momento dramático) e as bolhas imaginárias que Jack vê quando está bêbado (além de visualmente bem feitas, dão um tom cômico à cena).

Apesar de conter um roteiro bem criativo, o filme peca na continuidade e na estereotipização dos personagens, que chegam a ser inverossímeis em alguns momentos . Acredito que o apelo, por parte dos atores, de demonstrar para os telespectadores uma atuação consistente diante da incomunicabilidade oral, é responsável por impedir que a expressão fantasiosa dê lugar a uma realidade mais real (é pra ser redundante mesmo).

OBS: Gary Cooper, famoso ator dos Westerns, que atuou em mais de cem filmes em sua carreira, faz uma ponta em Asas, interpretando o tenente White, companheiro de quarto de Jack e David. Para quem gosta do astro e admira sua atuação de estilo forte, decepciona-se com o trabalho mediano dele neste filme. Mas era só o início da carreira dele. Temos que dar um desconto.

ASAS - WINGS
LANÇAMENTO: 1928 (EUA)
DIREÇÃO: WILLIAM A. WELLMAN
GÊNERO: DRAMA DE GUERRA
NOTA: 6,0

21 abril 2010

Que ódio do neguinho

Durante quatro temporadas, cuja produção foi de setembro de 2005 a maio de 2009, em Nova York, pudemos acompanhar as peripécias de Chris, um garoto negro odiado por todos. Essa é a trama principal de Everybody Hates Chris (Todo Mundo Odeia o Chris, Record, segunda a sexta, 16h30), série americana de grande sucesso no mundo todo. O comediante Chris Rock (talvez um dos mais conhecidos dos EUA, que aparece aqui do lado) se baseou em sua própria adolescência e nas pessoas de sua família e convívio social na década de 80 para roteirizar os 88 episódios, que contam a saga do garoto dos 13 aos 18 anos (1982-1987).

Com uma visão caricatural dos personagens, já que estes eram alusivos, declaradamente, à pessoas reais, Chris (o autor) consegue apresentar um humor fantasioso, por vezes natural (por parte da visão dos personagens), mas que traz à tona questões polêmicas como o racismo, a discriminação, a violência, o tráfico de drogas etc., tudo num tom leve e descontráido. É a partir de características marcantes da personalidade de cada personagem que o roteiro ganha graça, como por exemplo, a mania do pai de Chris, Julius (interpretado brilhantemente por Terry Crews) de contabilizar todas as despesas de todos, ou os bordões de Rochelle (mãe de Chris, com a atuação mais que especial de Tichina Arnold) como "Eu não preciso deste trabalho. Meu marido tem dois empregos!!".

Chris Rock (que também é o narrador da série) brinca com as desgraças que viveu na juventude através de Tyler James Williams, jovem ator afroamericano que o interpreta e dá sustentação à série de aventuras do garoto negro em meio a um mundo branco e preconceituoso. Além de Rochelle e Julius, Chris tem dois irmãos: Tonya (Imani Hakim) e Drew (Tequan Richmond), também inspirados em irmãos do comediante. Diferente de outras séries biográficas, Todo Mundo Odeia o Chris não poupa nem ameniza significados reais, a favor de um significante mais estético para as telas. Todas as manias, ou trejeitos, são explorados pelo humor tocante de Chris Rock, que provoca muitas gargalhadas em todos os episódios (sei disso pois já assisti mais de 80 deles).

Uma outra característica interessante da série é a projeção feita pelo narrador aos dias atuais, com previsões (para a época), como o futuro dos personagens, comentários de presidentes que foram eleitos na década de 90, a vida de artistas que foram descobertas após ó período que o programa retrata etc., numa ponte entre os dilemas da década de 80 e o que viria depois. Todos os nomes de episódios começam com "Todo mundo odeia...(alguma coisa)", em referência ao título da série, que teve inspiração em outra produção: "Everybody loves Raymond", também de sucesso nos EUA na década de 2000.

Dizem as más línguas que as gravações terminaram por dois motivos: em 1988, ano que seria retratado numa possível quinta temporada, o pai de Chris, Julius, morreu de uma complicação na úlcera (o que influenciaria no andamento do roteiro), e também foi nesse ano que Chris Rock começou sua carreira como comediante (evidentemente, a série trataria desse assunto, mas fugiria de seu objetivo primordial, que era contar como foi a vida do garoto antes do nascimento do artista).

Quem gosta de séries cômicas, mas ainda não conhece Todo Mundo Odeia o Chris, não perca mais tempo. Além de muitas risadas, você acaba conhecendo a vida de Chris Rock, suas dificuldades, suas angústias de adolescente, suas descobertas, numa das séries biográficas mais divertidas de todos os tempos.

20 abril 2010

A Dança dos Hipócritas

Quem não saiu de casa no domingo à noite, seja por medo da violência nas ruas, juntamente com a ausência de transporte privado, como no meu caso, ou por simples falta de compromisso, pôde acompanhar a estreia do Dança dos Famosos 2010, sétima edição do reality show do Domingão do Faustão, no qual 12 celebridades do mundo da música, do esporte e da televisão provam seu potencial artístico para a dança através de apresentações semanais de vários ritmos. Para treiná-los, 12 profissionais do ramo são delegados para ensaiá-los durante a semana, elaborando uma coreografia a partir das capacidades de cada participante.

Como já expliquei aqui no 1/3, sou aficionado por reality shows (atualmente, acompanho “A Dança...” (Globo, domingo, +ou-19h30) e “O Aprendiz Universitário” (Record, terça e quinta, 23h), que estreiou na última semana). A Dança dos Famosos, em especial, é interessante por apresentar personalidades agraciadas pela fama de uma maneira como não as conhecemos, pelo menos não na função que as tornaram famosas. Através das dificuldades dos ensaios, dos erros nas apresentações e dos depoimentos sobre a relação com os professores, enxergamos a pessoa acima do artista. Conseguimos alcançar a privacidade que o fato de a pessoa ser pública ainda não nos permite, ou seja, fazemos papel de telespectadores/paparazzi, intensificando o anseio voyeurista que a sociedade contemporânea preza.

Para dar início às apresentações, os homens dançaram o ritmo discoteca, acompanhados das respectivas professoras. No próximo domingo, é a vez das mulheres entrarem na dança. Para compor o time de celebridades desta edição, o inexorável e ex-rechonchudo Fausto Silva convidou a botocada Ana Maria Braga, Christine Fernandes, Sheron Menezes (calma! não é a Stone), Fernanda Souza, a lânguida Letícia Birkheuer e Wanderléa, a eterna ternurinha. A seleção masculina é composta pelo “Bino” (Stênio Garcia), André Arteche (pseudocelebridade), Bruno de Lucca, um dos queridinhos da Globo, como Maria Gadu, Milenna e Tânia Mara, o desajeitado Paulo Zulu, Marcelinho Carioca e o sambista Diogo Nogueira.


A cada semana, um casal é eliminado e vai para a repescagem, por ser o pior da noite, a fim de tentar uma segunda chance. Para avaliar as danças, uma mesa “julgaramentícia”, composta por dois profissionais do ramo e mais três famosos (como se os doze participantes não bastassem) dá notas de acordo com o desempenho no palco, ou não.

O “ou não” cabe porque, já na primeira apresentação, observamos a falta de comprometimento dos jurados (leigos) ao desclassificar Diogo Nogueira, mantendo Stênio Garcia, que mais vegetou no palco do que dançou. Eu entendo que a capacidade motora do ator quase centenário é limitada, e, para isso, sua professora, a dançarina e ex-paquita Daiane Amêndola, adaptou uma coreografia especial. Portanto, era de se esperar que Stênio cumprisse bem pelo menos isso, mas não foi o que aconteceu. Ele errou durante toda a apresentação, trocando passos, confundindo-se com as marcações etc., o que não aconteceu com tanta intensidade nas outras danças.

O júri técnico, composto neste domingo por Carlinhos de Jesus e Carlota Portella, admitiu a incompetência do velhinho para a dança e votou em sua saída. Porém, os outros jurados (Fiorella Matteis, Mariana Weickert e alguém que não conheço (parece que nem o Google conhece!!)) ficaram piedosos com a manifestação da plateia a favor da permanência do “Carga Pesada” na competição, e tiraram Diogo Nogueira, que também errou, concordo, mas foi bem mais fiel à coreografia do que Stênio. Minha predileção pelo sambista pode ser declarada, mas fui impessoal neste comentário. Garanto!

Não estou duvidando da capacidade interpretativa de Stênio Garcia, que é um dos maiores atores da história da nossa televisão, mas é errado, numa competição que deveria ser justa, protegê-lo por ele ser quem é. Foi evidente o desapontamento dos jurados técnicos ao saberem dos votos dos leigos. Eles trabalham com dança há muitos anos e sabem julgar com senso. Seria no mínimo óbvio os outros se espelharem na percepção deles ao darem suas sentenças, afinal, por mais que se trate de um quadro de descontração, estão mexendo com o orgulho e o ego das pessoas.

Esperemos o próximo domingo. Quem será a protegida da vez? A Ana Maria Braga ou a Wanderléia?

17 abril 2010

Apenas mais um estranho?

Às vezes me pergunto se realmente conhecemos aqueles que nos cercam. Podemos saber alguns detalhes da vida de fulano, ou uma história engraçada da suposta família de cicrana, mas quem nos garante que todas essas informações são verdadeiras? Cresci numa cidade (bem) pequena, menor que muitos bairros das metrópoles, o que me fez aterrisar em solos urbanos (desculpem-me os conterrâneos) com uma certa insegurança, boa dose de receio e muita ingenuidade interiorana. Para piorar (ou melhorar, de acordo com o ponto de vista) sou mineiro, classicamente interpretado como "desconfiado" de tudo.

Hoje de manhã assisti um filme que, além de ser base de férteis discussões psicossociais, sintetiza essa minha impressão. Trata-se de CLOSER - PERTO DEMAIS, obra de 2004 do diretor Mike Nichols, que revela as sintuosas relações entre diversos "strangers", significante constante durante o longa. As idas e vindas amorosas dos quatro protagonistas (Julia Roberts, como Anna; Jude Law, como Dan; Natalie Portman, como Alice/Jane e Clive Owan, como Larry) retratam com verossimilhança a busca pelo descompromisso e o imediatismo de nossa geração, a Y, cada vez mais preocupada em satisfazer os desejos pessoais, individualizando as conquistas, as relações, o amor, o sexo, e tudo que for possível pagar, através do avanço do "capitalismo selvagem", como dizem os Titãs.


Além da discussão sobre a fluidez de nosso tempo, os chats da internet (que em 2004 ganhavam espaço entre os reprimidos sexualmente/socialmente/esteticamente falando) servem de pano de fundo para o desenrolar das histórias que se entrelaçam no enredo e dão "sustância", como dizia minha avó, à artificialização do amor, proposta pelo filme. Na intermitável trilha para evitar possíveis frustrações (que, na minha opinião, são essenciais à vida), nossos impacientes contemporâneos dedicam dinheiro e tempo ao prazer imediato, à satisfação de desejos que seriam improváveis de serem realizados caso houvesse uma segunda pessoa envolvida na sua história de vida. Assim, jovens solteiros esbarram com idosos solteiros, todos deprimidos e depressivos, em busca do "algo a mais" que a estabilidade profissional, pessoal e amorosa não é capaz de suprir.

O diretor consegue refletir na trama essas questões. Todas as personagens se conhecem por acaso e vão tecendo uma teia amorosa complexa e digna de um filme!! É através de Alice (Portman) que Dan (Law) se levanta do fracasso literário que enfrentava, inspirando-se na história de vida da imigrante novaiorquina, ex-stripper, e volta a escrever romances, ultimamente substituídos pela redação de obituários no periódico local. Na sessão de fotos para as orelhas do livro, Dan se depara com Anna (Roberts), fotógrafa PhD em divórcios, que não sossega enquanto não encontrar o homem perfeito (que pode ser naturalmente substituído por alguém mais perfeito ainda).

Na tentativa de conquistar a fotógrafa (que, convenientemente, só captura retratos de rostos estranhos) Dan tenta marcar um encontro furado entre ela e um internauta pervertido, mas acaba servindo de cupido, ao aproximar Larry (Owen) de Anna. Passam-se quatro anos entre separações, brigas, traições e verdades. A mentira é abominada pelos protagonistas, o que gera um "sincericídio" (by Britto Junior), facilitando a compreensão dos verdadeiros desejos de cada um, ou seja, a felicidade individual, independente de quem possa ferir.

Atenção para as passagens de tempo dramático, assinaladas exclusivamente através de falas, e não de recursos visuais, como comumente vemos. Este diferencial talvez seja o principal motivo pelo qual Closer se situe como um belo e bem estruturado filme, tecnicamente falando. Além da passagem do tempo, a trilha sonora impressiona, com o estouro da música The Blower's Daughter, de Demien Rice, versionada por Ana Carolina no ano seguinte como É Isso Aí, com a participação do Seu Jorge.

Um drama contido, com atuações medianas, mas que consegue trazer uma mensagem de alerta pra nossa sociedade. Estamos tão perto e tão longe de nós mesmos ao mesmo tempo. Será que nós próprios não somos estranhos, o que faz com que tenhamos de fantasiar uma nova identidade internética?

Para terminar, deixo o trecho da canção "The Blower's Daughter" que acredito que sintetiza tudo que o longa aborda:

"I can't take my mind off you, I can´t take my mind off you...I can't take my mind...'Til I find somebody new".

CLOSER: PERTO DEMAIS - CLOSER
LANÇAMENTO: 2004 (EUA)
DIREÇÃO: MARK NICHOLS
GÊNERO: DRAMA
NOTA: 8,5

15 abril 2010

A comédia na TV

Desde os primórdios das civilizações, o humor rodeou o imaginário popular como uma válvula de escape para os problemas cotidianos. É através da esculhambação de inúmeras personagens caricaturais que ousamos (mesmo que não diretamente) pensar em fazer aquilo que sempre tivemos vontade, mas a coragem nos impedia.

Antigamente, o humor se condicionava a fazer rir apenas através de situações que envolviam a humilhação física dos envolvidos ou a discriminação de um grupo social inferior, como é o caso dos bobos das cortes medievais, os poemas de Bocage, as lutas desleais entre gladiadores e leões na Grécia antiga (que sempre acabavam em (divertidíssimos!!!) estraçalhamentos dos corpos dos coitados), entre outras situações.

Com a advento do cinema, já no século XX, e o aparecimento das chanchadas, ou comédias de costumes, um novo tipo de humor se configura: o escracho, em que tombos, afogamentos, queimaduras, tropeções e situações que não envolvam raciocínio sejam valorizadas. Hoje, esta forma de se fazer rir ainda é utilizada na televisão, mesmo que um pouco transformada, com exemplos como A Praça é Nossa (SBT, quinta, 23h15), (para mim, o maior lixo da televisão brasileira), Zorra Total (Globo, sábado, 22h15), Uma Escolinha Muito Louca (Band, sexta, 22h15), As Aventuras do Didi (Globo, domingo, 12h30), que ficou no tempo, assim como os ultrapassados e inconvenientes Didi e Dedé e Os Caras de Pau (Globo, domingo, 13h15), única experiência deste pacote que consegue falar com todos os tipos de público e conta com o talento de dois dos maiores comediantes vivos: Marcius Melhem e Leandro Hassun.

OBS: Odeio as risadas que são utilizadas como sonoplastia nestes programas para tentar aguçar um riso contido dentro do espectador. Em mim só aguça a vontade de mudar de canal.

Para quem gosta de rir, a televisão atualmente oferece gargalhadas aos montes para todo o tipo de temperamento. Ontem, zappeando pelos poucos canais que a rede interna de TV do meu prédio me oferece, parei na MTV quando passava Comédia MTV (MTV, quarta, 22h30) e me deparei com um programa de auditório, apresentado por Marcelo Adnet (uma das revelações do humor em 2009), que lança mão de esquetes totalmente absurdas, nas quais os atores/humoristas da emissora retratam o cotidiano através de uma visão crítica e divertida.

Programas como o Pânico na TV (Rede TV, domingo, 21h) e o Show do Tom (Record, sábado, 22h30) também oferecem a mesma proposta, com quadros criativos, engraçados, e que se baseiam em imitações, piadas sarcásticas, inteligentes, rápidas e que tem como "muletas" os erros e programação das outras emissoras. Ainda sim são criticados pelos intelectuais, que alegam se tratar de um conteúdo vazio e banal. Eu adoro assistí-los nos momentos de descontração!!


Na onda dos seriados cômicos, a Globo entra na frente na disputa com A Grande Família (Globo, quinta, 22h15) e S.O.S Emergência (Globo, domingo, 23h), duas produções mornas, que são facilmente superadas por obras antigas, como Os Normais, Toma Lá Dá Cá e A Diarista.

De uns tempos para cá, o humor vem se apresentando mais comprometido com a crítica social, com a política, com as questões do país. É a partir desta tendência que surgiram programas como o CQC (Band, segunda, 22h15) e o Legendários (Record, sábado, 22h), dois projetos que visam o humor com seriedade, requinte, inteligência, o que faz com, por vezes, não sejam classificados como programas de humor, mas de jornalismo ou variedades.

O Casseta e Planeta, Urgente (Globo, terça, 22h15) tenta há muitos anos se consolidar como uma éspecime deste grupo, mas, a cada tentativa, escorrega mais na sua própria incompetência (por favor Globo, tire o Casseta do ar. Há tantas coisas melhores que podiam estar num horário nobre como este!!)

Uma proposta interessante que a MTV implantou em sua programação, mas que não se adequa a nenhuma classificação acima, é o telejornal Furo MTV (MTV, segunda a sexta, 22h30), no qual os apresentadores Dani Calabresa e Bento Ribeiro comentam as notícias do dia de uma bancada num jornal nada convencional.

Na onda da contemporaneidade, época em que tudo acontece rapidamente, a comédia ganha espaço com a improvisação, prática cada vez mais utilizada por comediantes, que se baseiam na incerteza e na criatividade para fazer com que o público se divirta (e participe também). Na TV atual, temos dois exemplos: o É Tudo Improviso (Band, nova temporada em breve), cópia, em todos os sentidos, do Quinta Categoria (MTV, quinta, 22h30).

Outra forma de se fazer rir que se instaurou nos últimos anos em nosso país é o stand-up comedy, prática na qual um comediante, sozinho e sem caracterização, brinca com situações cotidianas, através de seu ponto de vista. Mais uma forma sofisticada de se fazer rir, o stand-up, que é predominante no teatro, chega às telinhas com o 15 Minutos (MTV, todos os dias, 21h45), encabeçado pelo multifacetado Marcelo Adnet, e o Badalhoca (MTV, sexta, 00h15), que é, na verdade, um sit down comedy, já que Ronald Rios fica sentado contando suas experiências cômicas.

E para fechar o pacote, para os mal humorados de plantão, que gostam de um humor negro, cruel e preconceituoso, a MTV criou o Fudêncio (MTV, segunda, 00h15) e o Infortúnio (MTV, terça, 00h15), dois desenhos animados que brincam com a desgraça alheia, o que pra muitos é diversão.

Todos os telemaníacos têm motivos de sobra para não ficar sem rir, já que as opções são inúmeras. Cabe a você julgar o que é melhor: se um humor requintado e inteligente ou escrachado e preconceituoso. Divirta-se!!

OBS: Se eu esqueci de comentar alguma produção que está no ar atualmente, me avisem por favor.

13 abril 2010

O lado cego do Oscar

Não seria justo postar um comentário sobre o filme Coração Louco, que consagrou Jeff Bridges como melhor ator no Oscar 2010, sem dar a devida atenção a Um Sonho Possível, filme que deu a Sandra Bullock o título feminino. Na verdade eu não queria ter que usar espaço tão nobre quanto esse e dedicar meu tempo a baboseiras, mas aí vai:

Mais do mesmo! É com isso que o diretor John Lee Hancock conseguiu alçar prêmios importantes no início do ano e, o principal: um oscar. Talvez pelo fato de ser um daqueles filmes que servem apenas para emocionar e cutucar os recôncavos altruístas de cada espectador, o longa beira o artificial (não fosse pelo fato de se tratar de uma história verídica), brincando com o antagonismo entre dois níveis sociais: a riqueza caridosa e a miséria.

Um Sonho Possível, ou Blind Side (para os americanos) conta a história do atual atacante dos Baltimore Ravens, Michael Oher, ou Big Mike, que teve sua infância suprimida pelos desvarios da mãe viciada, sua adolescência perdida pelas constantes trocas de lares adotivos e a miséria absoluta. Sua realidade é transformada assim que se depara com a família Tuohy, encabeçada pela morna Sandra Bullock, que interpreta Leigh Anne, uma perua consumista de visões solidárias (que ganhou, misteriosamente, o Oscar de melhor atriz).

O último, e não menos insensível, padrasto de Big Mike, resolve matriculá-lo numa escola cristã, a fim de que seus dotes esportivos sejam desenvolvidos e bem aproveitados (e rendam lucro). Mesmo muito bom no futebol americano, as notas do histórico de Michael não são suficientes para sua aprovação, mas, em vista de um super talento, o técnico resolve dar uma chance ao garoto, que passa a dividir o mesmo espaço com crianças ricas e brancas (Big Mike é negro, obeso e muito alto).

O ator Quinton Aaron atua na medida certa para dar às expressões de Big Mike o grau adequado de dramaticidade, diante de tanta injustiça, preconceito e discriminação contra a personagem, que só encontra felicidade após a "adoção" de Leigh Anne, que não mede esforços para que o garoto tenha tudo que nunca pôde ter, como um quarto, uma cama, roupas limpas, comida, e o mais importante: o amor de uma família. É através da união da nova família, agora composta também por Big Mike, que o garoto consegue desenvolver sua inteligência, sua fala e seu potencial esportivo, tornando-se atacante de um dos principais times de futebol americano dos Estado Unidos.


Mais um daqueles dramalhões norte americanos, que emplacam bilheteria, mas são rapidamente esquecidos pela crítica e pelo grande público. Acredito plenamente que o Oscar pode se enganar e acho que foi o caso de Sandra Bullock, que, ao meu ver, está bem melhor na cômica Margaret Tate, em A Proposta, do que na insossa e fútil Leigh Anne. Parabenizo Quinton Aaron, pela brilhante inércia, e saliento minha indignação com a vitória de Sandra Bullock. Uma pena não premiar Meryl Streep, que se mostrou adorável em Julie & Julia!

P.S.: Explicação do nome do filme: quando um quarterback destro se prepara para um passe, o atacante esquerdo de seu time deve proteger seu lado cego ("Blind Side"), que seria como o ponto cego de um carro, do ataque do time oponente. Big Mike, pelo seu porte físico, é um craque na defesa do quarterback, impedindo a passagem de qualquer jogador (já que todos são menores que ele). Mais uma vez, uma tradução medíocre para o português.

UM SONHO POSSÍVEL (THE BLIND SIDE)
LANÇAMENTO: 2009 (EUA)
DIREÇÃO: JOHN LEE HANCOCK
GÊNERO: DRAMA
NOTA: 6,5

08 abril 2010

Fisgado pela boca

Sempre fui com a cara de filmes que, em seus enredos, exploram a gastronomia e seus efeitos subjacentes nas relações dos personagens envolvidos, como "Julie e Julia", de 2008, "Tomates Verdes e Fritos", de 1991, "Chocolate", de 2000 e "Ratatouille", de 2007. É super vantajoso retratar histórias de vidas que se comunicam através de uma referência sensorial, como o paladar, ou o cheiro, como é o caso de "Perfurme - História de um Assassino", de 2006. Produções que usam deste artifício se mostram mais saborosas, literalmente!

Descobri esta semana um filme nacional que representa muito bem este nicho. Produzido em 2008, "Estômago" traz a tona a temática do poder que a comida pode oferecer a quem domina a arte de cozinhar. Diferentemente dos exemplos supracitados, Estômago mais enoja do que delicia, em se tratando de requinte do paladar. A comida não permeia uma história de amor, nem um drama familiar, nem os anseios de personagens depressivos, mas apresenta a ascensão e queda de um imigrante nordestino na cidade grande, através de sua maior qualidade: a arte da cozinha (que ele próprio desconhece).

O ator João Miguel é Raimundo Nonato, um típico nordestino acuado com as modernidades da cidade grande, que encontra no boteco do seu Zulmiro um cantinho para dormir e comida, em troca de favores gastronômicos. Para a surpresa de Zulmiro, Nonato se mostra um exímio cozinheiro, com destaque para as coxinhas, que alavancam o arrecadação do bar.

A partir do sucesso de seus quitutes, Nonato chama a atenção de Giovanni (Carlo Briani), dono de um restaurante italiano, que o convida para trabalhar em sua cozinha, e de Íria (Fabiula Nascimento), uma prostituta que não consegue mais viver sem as delícias do imigrante. A ascensão social (em termos de prestígio, e não de dinheiro) de Nonato se dá através de seus dotes culinários e as influências que este poder proporciona.

Ao mesmo tempo em que a vida do protagonista se desenrola com Íria, Zulmiro e Giovanni, vemos o detento Alecrim (apelido pelo qual Nonato é conhecido na prisão) espalhando suas ideias gastronômicas a fim de melhorar a insossa comida da cadeia. É novamente através da comida que ele consegue ascender na hierarquia da cela, passando do chão para o terceiro andar do beliche (ótima ideia do diretor para simbolizar o aumento de poder e influência).

Sem saber por qual razão Nonato está preso, a atenção que o diretor consegue prender do espectador é total, já que fica-se na expectativa de saber o que o levou à prisão, uma vez que a imagem que se faz dele desde o início é a do bom moço, que, humildemente, aprende o ofício da cozinha com seus mestres suburbanos.

A intercalação de realidades (prisão x liberdade) é o principal atributo que faz com que o filme seja excelente em termos técnicos, interpretativos e de enredo. Os ganchos pelos quais as duas realidades são intercaladas são sacadas muito bem estruturadas do roteiro, não havendo falta de continuidade nem falsidade na diferença dos tempos.

A verossimilhança das realidades retratadas é valorizada, o que faz com que tudo se encaixe de uma maneira natural, espontânea e verdadeira. Não há necessidade de se explicar o passado do protagonista, porque ele é pobre, de onde ele veio...a história se completa na busca por uma identidade através do poder instaurado pela comida.

Como disse no começo do texto, este longa não tem a capacidade de deliciar os espectadores com as comidas. Pelo contrário, não é tão palatável quanto outras experiências cinematográficas do mesmo naipe, pois apresenta a precária comida carcerária e a realidade dos botecos da periferia. O filme delicia com as interpretações complexas e excelentes, com o roteiro criativo e com os diálogos impressionantes.

Em críticas, comentários de outros cinéfilos e informações da internet, sempre li que "O Cheiro do Ralo", filme produzido em 2007, era o filme mais comparado a Estômago, por também apresentar a história baseada numa sensação, desta vez o cheiro, mas que era muito melhor. Tendo assistido os dois, Estômago é bem melhor em todos os aspectos, tirando o fato de que Selton Mello não interpreta Nonato.

ESTÔMAGO
LANÇAMENTO: 2008 (BRASIL)
DIREÇÃO: MARCOS JORGE
GÊNERO: DRAMA
NOTA: 9,2

06 abril 2010

Pintando as Sete...

Parece que a anfetamina do chocolate não me manteve em alerta nesse feriadão. Mesmo sem ter NADA para fazer (já tinha adiantado as pendências da faculdade até o dia 1º), a preguiça me impediu de manter minha frequência de postagens aqui no 1/3. Peço desculpas aos meus inúmeros seguidores (que mal há em ser otimista?) e garanto que, daqui pra frente, manterei o ritmo de antes...5 dias depois...estou aqui de novo!!

Como eu ouvi de alguém que não me recordo agora, "na vida nada se cria, tudo se copia". Por isso, vou aproveitar um dos assuntos da prova que tenho hoje na faculdade para discutir um pouco sobre os sete tipos de arte com vocês. Sete, com a incorporação do cinema, que se aproveitou do rótulo (bem vindo) de sétima arte para desempenhar um papel importantíssimo no universo cultural mundial, mas também para contribuir para a indústria cultural e a disseminação da cultura de massa numa proporção que nenhum tipo de arte havia feito antes.

Para melhorar a didática, acho mais prudente começar pelo começo. No início do século XX, o italiano Riccioto Canudo redigiu o "Manifesto das Sete Artes", em que dissertava sobre uma possível classificação das inúmeras manifestações artísticas que acometem o homem desde a antiguidade. O ensaísta chegou a conclusão de que há sete tipo de artes, através da análise do comportamento humano diante de uma obra. Esta classificação se tornou tão importante a ponto de permanecer, até hoje, como paradigma do ensino das artes.

Para ele, a primeira das artes é a MÚSICA, desenvolvida através dos sons provenientes da natureza, como o estalar de um galho seco ao vento, o zumbido agudo dos redemoinhos, o borbulhar das águas revoltas e as inúmeras onomatopeias que compõem a fauna. É através destes sons que o homem pré-histórico é estimulado a se movimentar, imitando as ações dos agentes naturais, criando, assim, a segunda das artes: a DANÇA. Não apenas através das imitações dos ciclos de movimentos da natureza, mas também pelo aprimoramento dos movimentos humanos primitivos, como a arte da caça, o homem desenvolve sua capacidade de se relacionar em grupo, culminando na prática das apresentações públicas.

O início das relações interpessoais faz com que a reduzida sociedade se organize e pense em questões antes inúteis, como o registro e a perpetuação de suas práticas, para que novas gerações tivessem consciência do que seus antepassados haviam feito. Surge a PINTURA, a teiceira arte, que se desenvolve com a criatividade e materiais disponíveis, como sangue de animais, extratos de plantas, corantes naturais etc., materializados, principalmente, nas paredes das cavernas (local mais seguro contra as chuvas e intempéries da natureza).

A dimensão, palavra até então desconhecida, e o volume, idem, são descobertos através da quarta arte, a ESCULTURA, que chega para dar mais realidade ao registro das ações cotidianas da sociedade. Ex: a partir da descoberta da escultura, poder-se-ia "manusear" como foi a famosa caça a um mamute arisco tão falada na comunidade em que viviam, que acontecera anos antes com seus antepassados, por exemplo.

A partir do desenvolvimento da fala e da escrita, busca-se novos meios de registro dos momentos importantes. A memorização de narrações orais é uma característica valorizada, o que resulta na quarta arte: a POESIA ou LITERATURA, duas vertentes da cultura escrita e oral, que propõem a disseminação dos acontecimentos através de discursos poéticos e/ou literários, implementando o simples registro estático dos atos.

Num estágio já avançado das comunicações interpessoais, é a hora de dissipar as interpretações do cotidiano através de representações artísticas, ou de TEATRO, a sexta arte. A população, desconhecedora da realidade de povoados vizinhos, tem a oportunidade de conhecer um pouco do cotidiano de seus semelhantes através das peças.

Muitos anos depois (pulo de muitos anos antes de Cristo até o fim do século XIX), surge a chamada sétima arte, o CINEMA, responsável por reunir, numa só obra, todas as outras vertentes artísticas, numa convergência bem sucedida. Como subentendido no início do texto, a sétima arte, além de representar novas perspectivas artísticas, peca no distanciamento da produção de arte e na aproximação de um simples produto comercial, industrial, que lota as salas de cinema, vende muito, tem uma qualidade técnica excepcional, mas não garante o vislumbramento e a catarse que as outras seis artes propiciam.

É claro que quando exploro esse nicho de mercado não generalizo. Estou me referindo à apenas aqueles que não compreendem o verdadeiro sentido do cinema, criando novos lixos culturais que se auto proclamam cinema de qualidade.

As sete formas de arte se construíram ao longo da história na tentativa de sintetizar os sentimentos humanos, de materializar os momentos de glória, fracasso, alegria e tristeza dos seres, de concretizar aquilo de mais subjetivo e sublime que existe dentro de cada um de nós. Será que a contagem continua? Existirão a oitava, nona, décima artes?

P.S.: TOP 1/3 com problemas. O filme Asas (1928) ainda não foi localizado...aguardem!!

01 abril 2010

TOP 1/3

É COM IMENSO PRAZER (E UM POUQUINHO DE RECEIO) QUE INAUGURO, HOJE, O PROJETO "TOP 1/3"!!!


Trata-se de uma proposta que acredito ser inovadora, e que visa meu desenvolvimento intelectual, cinematográfico e crítico. Em 365 dias, de 1º de abril de 2010 a 1º de abril de 2011, tenho a missão de assistir, criticar e publicar aqui no blog a resenha dos 82 filmes que ganharam o Oscar de Melhor Filme até hoje, desde o início das premiações, em 1927. Contabilizando, terei que publicar um post a cada 4 dias e 1/2, aproximadamente. O mais difícil, creio eu, será adquirir os filmes, que não são tão acessíveis como imaginei.

Espero poder contar com a participação de vocês, através do acompanhamento, leitura, comentários e torcida, para que, daqui a um ano, possa comemorar o sucesso do TOP 1/3. Abaixo, segue a lista dos vencedores por ano de premiação (como também será a publicação no blog). Caso tenham um ou mais dos filmes listados, favor me emprestem...prometo devolver logo!!

Como o blog também terá outros posts, que não apenas as resenhas dos filmes vencedores, toda vez que a postagem for do TOP, o ícone que aparece no início deste texto estará presente.

VENCEDORES OSCAR MELHOR FILME


1929 Asas (Wings)
1930 Melodia na Broadway (The Broadway Melody)
1931 Sem Novidades no Front (All Quiet on the Western Front)
1932 Cimarron (Cimarron)
1933 Grande Hotel (Grand Hotel)
1934 Cavalgada (Cavalcade)
1935 Aconteceu Naquela Noite (It Happened one Night)
1936 O Grande Motim (Mutiny on the Bounty)
1937 Ziegfeld, O Criador de Estrelas (The Great Ziegfeld)
1938 Émile Zola (The Life of Émile Zola)
1939 Do Mundo Nada se Leva (You Can't Take It with You)
1940 E o Vento Levou (Gone With the Wind)
1941 Rebbeca, a Mulher Inesquecível (Rebbeca)
1942 Como Era Verde o Meu Vale (How Green Was My Valley)
1943 A Rosa da Esperança (Mrs. Miniver)
1944 Casablanca (Casablanca)
1945 O Bom Pastor (Going My Way)
1946 Farrapo Humano (The Lost Weekend)
1947 Os Melhores Anos de Nossas Vidas (The Best Years of Our Lives)
1948 A Luz é para Todos (Gentlemen’s Agreement)
1949 Hamlet (Hamlet)
1950 A Grande Ilusão (All the King’s Men)
1951 A Malvada (All About Eve)
1952 Sinfonia de Paris (An American in Paris)
1953 O Maior Espetáculo da Terra (The Greatest Show on Earth)
1954 A um Passo da Eternidade (From Here to Eternity)
1955 Sindicato de Ladrões (On the Waterfront)
1956 Marty (Marty)
1957 A Volta ao Mundo em 80 Dias (Around the World in Eighty Days)
1958 A Ponte do Rio Kwai (The Bridge on the River Kwai)
1959 Gigi (Gigi)
1960 Ben Hur (Ben Hur)
1961 Se Meu Apartamento Falasse (The Apartment)
1962 Amor Sublime Amor (West Side Story)
1963 Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)
1964 Tom Jones (Tom Jones)
1965 Minha Bela Dama (My Fair Lady)
1966 A Noviça Rebelde (The Sound of Music)
1967 O Homem que não Vendeu sua Alma (A Man for All Seasons)
1968 No Calor da Noite (In the Heat of the Night)
1969 Oliver! (Oliver!)
1970 Perdidos na Noite (Midnight Cowboy)
1971 Patton - Rebelde ou Herói? (Patton)
1972 Operação França (The French Connection)
1973 O Poderoso Chefão (The Godfather)
1974 Golpe de Mestre (The Sting)
1975 O Poderoso Chefão 2 (The Godfather 2)
1976 Um Estranho no Ninho (One Flew Over the Cuckoo's Nest)
1977 Rocky, um Lutador (Rocky)
1978 Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall)
1979 O Franco Atirador (The Deer Hunter)
1980 Kramer vs. Kramer (Kramer vs. Kramer)
1981 Gente como a Gente (Ordinary People)
1982 Carruagens de Fogo (Chariots of Fire)
1983 Gandhi (Gandhi)
1984 Laços de Ternura (Terms of Endearment)
1985 Amadeus (Amadeus)
1986 Entre Dois Amores (Out of África)
1987 Platoon (Platoon)
1988 O Último Imperador (The Last Emperor)
1989 Rain Man (Rain Man)
1990 Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy)
1991 Dança com Lobos (Dances with Wolves)
1992 O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs)
1993 Os Imperdoáveis (Unforgiven)
1994 A Lista de Schindler (Schindler’s List)
1995 Forrest Gump (Forrest Gump)
1996 Coração Valente (Braveheart)
1997 O Paciente Inglês (The English Patient)
1998 Titanic (Titanic)
1999 Shakespeare Apaixonado (Shakespeare in Love)
2000 Beleza Americana (American Beauty)
2001 Gladiador (Gladiator)
2002 Uma Mente Brilhante (A Beautiful Mind)
2003 Chicago (Chicago)
2004 O Senhor dos Anéis, O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Return of the King)
2005 Menina de Ouro (Million Dollar Baby)
2006 Crash - No Limite (Crash)
2007 Os Infiltrados (The Departed)
2008 Onde os Fracos não tem vez (No Country For Old Men)
2009 Quem Quer Ser um Mlionário? (Slumdog Millionaire)
2010 Guerra ao Terror (The Hurt Locker)


Acompanhem, já nos próximos dias, o início da minha saga...que comece a batalha!!

Bom feriado a todos!!