15 dezembro 2009

Jodie era outra...

Imagine você tendo muita certeza de uma coisa, mesmo que TODOS ao seu redor digam que o que você acredita é uma ilusão e, além disso, têm provas disso? É o que acontece com Kile Pratt, uma engenheira de aviões recém viúva, vivida por Jodie Foster no filme Plano de Voo.


Zapeando os canais no (novamente) monótono domingo, deparei-me com uma chamada do Domingo Maior (sessão de filmes da Globo) e, já que em Minas não tenho TV à Cabo (senão certamente estaria em algum Telecine), decidi assistir àquele filme que tanto me intrigava.

Intrigava-me pois há algum tempo já não o assistia (pra falar a verdade, desde seu lançamento, em 2005) e estava curioso para relembrar o que acontecia com Julia Pratt, filha da personagem de Jodie na história.

O marido de Kile caiu do telhado de seu prédio há uma semana e ela, juntamente com sua filha, estão levando o corpo do pai/marido á Nova York para o enterro. As duas estão nitidamente atordoadas e certamente não estão em seu estado psicológico normal.

Acontece que, após algumas horas de voo, enquanto mãe e filha dormem, Julia some misteriosamente, mesmo estando num ambiente onde é impossível se esconder por muito tempo. Kile, como boa entendedora de aviões, organiza uma busca, mas, sem sucesso, é impedida pelo piloto e pela tripulação a continuar procurando, pois está prejudicando o sossego dos passageiros.


Entra na história um agente federal, que está no voo (misteriosamente) para manter a ordem a segurança de todos. É ele quem mais fica na cola de Kile, que parece não ter mais razões para acreditar que a filha está viva, diante de todas as provas que lhe dão, como a confirmação da morte da menina por um necrotério de Berlim (cidade de onde saíram), a ausência de Julia documentada no cartão de embarque e outras evidências certeiras.


Todos acusam Kile de estar imaginando que embarcou com a menina e que tudo não passa de uma ilusão. Em outros momentos, temos certeza que a mãe está no caminho certo quando não desiste de procurar Julia, mesmo contra a vontade de todos à bordo. Até quase o fim do filme, o espectador fica na dúvida e não sabe direito em quem acreditar. Com um final previsivelmente surpreendente, o diretor Robert Schwentke consegue prender a atenção do público e manter um suspense saudável.


Não há atuações brilhantes, e nem Jodie Foster, que pode ser considerada a atriz mais experiente do filme, consegue brilhar. Para uma mãe que perdeu sua filha, tem certeza que ela está viva, não é creditada por ninguém, e só tem a filha como família no momento, Jodie pareceu distante demais. Tudo bem que ela estava abalada emocionalmente, mas nada justifica a comodidade expressiva da atriz no filme, que podia ter dado uma carga dramática muito maior a personagem. Sem comparações com a mãe de "O Quarto do Pânico". Jodie era outra...


Assim acabou meu fim de semana. Sem muitos planos, mas com muito sono depois de ficar até 1hepouco da manhã acordado para ver o destino da Julia...


P.S.: Acabei o "O Mundo Acabou" e o achei repetitivo e longo demais. Não valeu a pena. posso trocar a nota?? Acho que dou 6,5....prometo que da próxima vez acabo o livro antes de comentá-lo...


PLANO DE VOO - FLIGHTPLAN
LANÇAMENTO: 2005 (EUA)
DIREÇÃO: ROBERT SCHWENTK
GÊNERO: FICÇÃO
NOTA: 7,5


3 comentários:

Leandro Las Casas disse...

Esse filme também sempre me intrigou. Quando o vi, porém, não me encantei.
Gosto de Jodie Foster, mas nesse filme - e do alto de minha visão leiga de cinema e atuação - não vi grande destaque em sua personagem. O suspense, porém, vale o tempo gasto.

Claudinha ੴ disse...

Ahhhhh, apareceu a caixa de comentários Gui!
Como madrinha oficial, única e insubstituível deste blog, eu declaro oficalmente aberta minha visitação ao seu espaço!
Bem, eu não vi este filme. Gosto da Jodie Foster, mas a crítica já não tinha me animado nada. Aconselho: A Vida Secreta da Abelhas...
Beijos lindão! Bom te rever, as tia estava com saudades!

Claudinha ੴ disse...

PS: Não é com a Jodie é com a Dakota, ainda menina!