30 dezembro 2009

And the Oscar goes to...

Primeiramente, gostaria de agradecer àqueles que estão comentando no 1/3, pelo carinho e pela paciência com as asneiras que escrevo. O que me motiva a continuar postando é saber que alguém, em algum lugar, está lendo e que eu posso contribuir, de alguma forma, no incentivo a valorização da cultura.

Semana passada estava eu dando sopa em casa quando localizei, na internet, o único cinema da cidade que estava exibindo o filme Avatar em 3D: o Shopping Iguatemi. Como queria muito ver esse filme e logo (porque iria embora para MG dois dias depois e na minha cidade não tem cinema), resolvi atravessar a cidade para matar minha vontade. Depois de 1 hora de ônibus e uma fila imensa, descobri que a sessão das 14h40 estava lotada e a próxima seria só às 18h10.

Eu não tinha passado por tudo aquilo para acabar assistindo o filme em apenas uma dimensão, por isso, comprei a próxima sessão e, pra matar o tempo até a noite, peguei a sessão das 15h30, com o filme Planeta 51. A postagem é só do Avatar, por isso nem vou comentar sobre o Planeta 51. Abaixo, segue uma foto dos personagens, e posso garantir que é uma ótima animação infantil para adultos (!?!?!). Quem quiser me entender, assista o filme hehehehe...

Eu não gosto de sala de cinema cheia (mais uma mania, além de gostar de ir ao cinema sozinho), e a sala 7, da sessão das 18h10 do Cinemark estava LOTADA. Ainda bem que consegui uma poltrona na minha fila favorita (a fila do meio da sala). Tirando o fato de não ser a minha poltrona favorita (a do meio da fila), de não ser tão confortável quanto às poltronas do Kinoplex e de o chão estar completamente coberto de pipocas, tudo estava indo bem. Quando os trailers começaram a ser exibidos, coloquei meus óculos 3D e foi aí que tudo se ajeitou. Eu não ouvia mais a bagunça alheia, não sentia mais meus pés escorregarem no óleo da pipoca alheia, não via mais as pessoas sentando e levantando sem parar, não avaliava mais a poltrona desconfortável: tudo foi resumido as sensações que a exibição em 3D me proporcionou. (detalhe: foi a primeira vez que assisti um filme em 3D).

Até agora algumas pessoas já me falaram que não gostaram do Avatar por ter um roteiro previsível demais e ser muito água-com-açúcar, porém, eu não me incomodo quando alguma característica em um filme se sobressai e contrapôe algum detalhe que não foi tão bem feito e outra, eu também gosto de filmes água-com-açúcar (está aí algumas comédias românticas super bem feitas, como 500 Dias com Ela, A Verdade Nua e Crua, Vestida para Casar etc.).

Em 2154, no distante planeta Pandora, uma civilização primitiva conhecida como Na'vi corre o risco de ser dizimada quando um metal precioso é descoberto no tronco de uma árvore gigante, que serve como casa para os extraterrestres. Para se infiltrar no meio dos Na'vi e estreitar os laços de convivência, facilitando a extração desse material, os útlimos humanos sobreviventes da destruição do Planeta Terra criam os Avatares, criaturas metade Na'vi metade humanos, elaboradas a partir da junção do DNA dos dois seres.

Enquanto o Avatar está ativo, o humano correpondente está desacordado, e vice-versa. Assim, uma equipe de cientistas, liderada por Grace Augustine (Sigourney Weaver, ela mesmo!!), é responsável por se envolver com os Na'vi, afim de executar a cruel missão de retirá-los da árvore gigante, para que os humanos possam explorá-la. Acontece que o Avatar do ex-fuzileiro Jake Sully não obedece a todas as regras e se envolve sentimentalmente com Neytiri, uma Na'vi, que passa a mostrar para ele como é a vida em Pandora e começa a gostar dele também. O Avatar de Jake conhece Neytiri quando é atacado por uma critura selvagem e se perde da equipe. A partir daí, nada será como antes.

Ele passa a acreditar que pode ajudar os Na'vi a permanecer em sua casa e se torna cada vez mais íntimo da nova civilização, até o momento em que ele é oficialmente declarado um Na'vi e passa a lutar contra os humanos, sendo ajudado pela equipe de cientistas. Um final bem feito, mas previsível, fecha a história e a torna encantadora e merecedora de uma continuação. Quem sabe daqui a uns 12 anos não teremos Avatar 2 (foi esse o tempo que James Cameron levou para produzir o filme) heheh...

O mais impressionante no longa é a inovação tecnológica implantada, desde o efeito de uma simples mosca na terceira dimensão até o impacto de uma queda de um Na'vi na água. Tudo foi minimamente elaborado, para que a história do cinema fosse impactada por essa novidade extraordinária. Foi a produção mais cara da história do cinema, com gasto superior a US$ 500 milhões e, pelo visto, renderá um bom lucro, já que, em 10 dias de exibição, já rendeu US$ 615 ao redor do mundo.

Quem não assistiu ainda, tem que correr para a sala de exibição em 3D mais próxima da sua casa, porque acreditem, faz muita diferença...Para mim, sem dúvida, é o melhor filme do ano, e o melhor de todos os tempos, em se tratando de tecnologia. Agora é só esperar a premiação do Oscar e torcer para que Avatar leve pelo menos Efeitos Especiais. Eu tinha dito lá em cima que tudo havia sido esquecido quando os trailers começaram a rodar em 3D, mas menti. A dor de cabeça que os óculos 3D me proporcionaram foram lembradas durante as quase 3 horas de filme através de pontadas insuportáveis. Eu resisti, e faria de novo para me dar o prazer de assistir uma obra de arte incomparável como Avatar.

P.S.: No último post, comentei que não gosto de me decepcionar com um filme que é exacerbadamente divulgado como sendo muito bom, mas fico extremamente feliz quando minhas expectativas são superadas pelo mesmo motivo.

P.S.²: Hoje o 1/3 entra de férias. Volto com mais postagens em breve. Enquanto isso, vou preparando novas ideias para melhorar cada vez mais nosso espaço.
Feliz 2010!

AVATAR
LANÇAMENTO: 2009 (EUA)
DIREÇÃO: JAMES CAMERON
GÊNERO: AÇÃO E AVENTURA
NOTA: 10,0

3 comentários:

Leandro Las Casas disse...

Confesso que o fator 3D é o único que me leva a entrar numa sala lotada e ver um aguardado superlançamento amplamente divulgado como esse. Aliás, ainda não consegui vê-lo em tal formato por me deparar sempre com ingressos esgotados.
Falando do filme, duvido que me satisfaça com o roteiro ou algumas atuações, mas tenho consciência de que talvez haja surpresas por trás da tecnologia - o carro chefe dessa megaprodução.

Leandro Las Casas disse...

Ontem, aliás, por não caber na sala onde passaria Avatar 3D, assisti a uma Jennifer Aniston bem aquém daquela atriz que sempre (re)conheci.
Em "O Amor Pede Passagem" senti como se o filme andasse do drama com trilha sonora piegas à comédia romântica com piadelas questionáveis. Ri raras vezes, mas o suficiente para não pensar que perdi meu tempo. Ou seja, não recomendo. Ou melhor, recomendo para que também possa opinar. Hahaha! Boas férias, amigo!

Claudinha ੴ disse...

Meu querido afilhado! Ah, mas estou tão feliz que esteja blogando... Só esta sua foto engraçada é que não faz jus ao meu menino lindo,hihihi! Eu ainda não vi Avatar, mas estou doidinha! Quem viu me disse que é demais!
Te conto quando assistir.
No final de semana, assisti "500 dias com ela" e achei uma gracinha!

Beijos!